Saias: usar ou não usar? Entrevista com Analy de Magalhães CIO da Lactalis. Olá! Hoje nossa entrevistada tem algumas situações em sua trajetória profissional muito peculiares (para não dizer engraçadas). Vocês acreditam que, só depois de 20 anos de carreira na área de tecnologia da informação, ela passou a usar vestido ou saia no trabalho? Qual a razão? Simplesmente porque ela era da área de redes, sempre trabalhando com homens que apostavam entre eles o dia que ela viria ao trabalho de saia e teria que dar manutenção em cabeamento de redes arrastando-se pelo chão… Este contexto faz parte da história de Analy Magalhães, CIO da empresa Lactalis. Vamos ver um pouco mais o que a Analy nos conta. Analy, qual é sua Formação Acadêmica? Fiz graduação em Ciências da Computação e Pós Graduada em Gestão de Telecom, Gestão de Projetos e MBA em Gestão de Negócios. Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Totalmente influenciada pelo meu pai que gostaria de ter tido filho homem, me vestia com uniforme do Palmeiras, me ensinou a atirar com arma de fogo, trocar pneus de carro e por final a programar e gostar de tecnologia e inovação. O que a fez se interessar pela área de tecnologia? Vivência do novo, diferente. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? Novidade, construção, transformação. Quando você acha que sabe algo, tudo muda. Nunca tem rotina nem repetição. A inovação e o risco mantem a chama. Poder simplificar e automatizar um processo do usuário, tornar a vida dele mais simples, liberando-o para serviços mais nobres faz os olhos brilhares. A maior recompensa é ouvir o relato singelo do seu cliente interno de como você mudou a vida dele para melhor. Ainda minimizando os riscos e aumentando a produtividade. Maior empregabilidade em comparação a outras áreas. Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia. Vou ter que dizer três que vem sendo minhas palavras nos últimos tempos: INTENSA, DENSA e TENSA. Na sua visão, qual é o lado negativo ter carreira em tecnologia? Requer reciclagem constante. Parar de estudar e aprender são proibitivos nesta profissão. A obsolescência acontece muito rapidamente pela mudança de tecnologias. Sou uma apaixonada pela área então ainda o que é ruim pode ser muito bom… Como é a carreira em tecnologia para mulheres? Eu nunca tive grandes problemas ao longo da carreira. No inicio talvez um pouco mais porque era técnica e de infraestrutura onde é uma área especialmente masculina. Quando fui provedora de serviço e chegava aos clientes para resolver os problemas deles e me perguntavam se eu tinha vindo sozinha porque ninguém sendo mulher, baixinha, aos 20 anos parece conseguir resolver um problema complexo. Mas ai você resolve o primeiro problema e vem à confiança e o relacionamento. A partir deste momento a questão do gênero rapidamente desaparece. Mas até este ponto às vezes pode cansar porque é um constante mostrar a que veio. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? Meninas sigam este caminho. Quando tem amor tudo pode ser muito bom. O mundo de tecnologia precisa de vocês. A diversidade de opiniões faz o mundo melhor e mais completo. A tecnologia precisa ser vista pela ótica feminina. Algum fato curioso de sua carreira que gostaria de compartilhar? Vim usar saia agora depois de 20 anos de TI Acho que levei isso pra vida toda e somente agora desapeguei e me libertei. O que há e/ou houve em sua trajetória que considera especial e que gostaria de compartilhar com as meninas pra encantá-las? Ter líderes inspiracionais. Trabalhar com gente especial motiva e transforma a trajetória. Escutar encurta os caminhos, sempre. Mais algum comentário? Estou a disposição para dicas para essa garotada. Boa sorte meninas!!! J Segue meu perfil no Linkedin – https://www.linkedin.com/in/analy-magalhaes-8b82a4
Luzia Sarno – Ex CIO da Copersucar
Luzia Sarno – Ex CIO da Copersucar, conta um pouco sobre sua própria (r)evolução digital. Investir no aprendizado de línguas, buscar novos conhecimentos técnicos e gerenciais, fazer um movimento lateral para expandir os horizontes…. isto e muito mais é o que está na agenda da maioria de nós do mundo Corporativo. Mas até onde realmente estamos dispostas a investir? Não foi uma decisão fácil mas nossa entrevistada de hoje fez com sua carreira o que empresas atualmente estão sendo incitadas a fazerem para se reinventarem: sair da zona de conforto, buscar novos mercados e oportunidades, abrir horizontes neste momento nunca visto antes na área de tecnologia. Assim, mesmo com risco imediato ao status quo, ela entendeu que este era um caminho inexorável e que quem investir nessa linha colherá muito mais frutos adiante. Então, mesmo em meio à crise atual que o país vive, em maio deste ano nossa entrevistada decidiu pedir demissão da empresa onde atuava por muitos anos. De maneira madura entendeu que o tipo de transformação que buscava necessitava de foco e não poderia fazer isso em paralelo com as necessidades inerentes à posição que ocupava. Em suas palavras “Eu estou fazendo a minha própria (r)evolução digital, mexendo no próprio queijo”. Só podemos parabenizá-la por criar uma oportunidade como esta em sua vida. Nossa entrevistada é Luzia Sarno, que nos últimos quase nove anos atuava como CIO da Copersucar. Luzia, como algumas entrevistadas de nosso blog, também faz parte do grupo CIO Solidário: projeto que surgiu entre alguns amigos CIOs com o objetivo de devolver para sociedade parte do que alcançaram em suas vidas. Sua trajetória tem sido em grandes empresas, sempre atuando em tecnologia da informação. 1) Luzia, qual é sua Formação Acadêmica? Bacharelanda em Estatística pelo IME-USP e MBA Executivo Internacional pela FEA-USP 2) Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Eu sempre me interessei por várias matérias em todas as áreas, humanas, biológicas e exatas. A escolha não foi planejada, e, como em várias decisões da minha vida, simplesmente segui minha intuição por impulso. E, como sempre, acabou dando certo. Mas acho que seria uma excelente médica (de pronto socorro, pois gosto de adrenalina rsrsr) 3) O que a fez se interessar pela área de tecnologia? Na faculdade não gostava de tecnologia, já que na USP a matéria era muito voltada para o que chamamos de baixo nível (base de dados, compiladores, etc). Eu fiz estatística e gostava bastante pois via aplicação prática do que estudava. Mas no meu primeiro estágio procuravam alguém de exatas, comecei a trabalhar na área e me encantei 4) Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? Acho que realmente é a única área onde você tem a visão orquestrada de uma empresa, desde o backoffice até o core business, seja ele qual for. Nenhuma outra posição te dá a visão de todos os processos que ocorrem e respectivas interconexões e ninguém tem a visibilidade holística como a(o) CIO. A(o) CEO, claro, sabe num certo nível, mas o que ocorre “nos bastidores” não chega a ela/ele, enquanto em IT é impossível não saber o que está dando certo e o que não está funcionando bem na empresa. Além disso há a inovação, que é o que me mais me atrai. Não há limites para onde chegaremos com a tecnologia e as rupturas ocorrem sem parar, te dando um desafio intelectual imenso. 5) Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia Ruptura. 6) Na sua visão, qual é o lado negativo ter carreira em tecnologia? Nenhum, adoro o que faço. Mesmo quando trabalhando demais, como dizia minha avó, quem corre por gosto não se cansa” 7) Como é a carreira em tecnologia para mulheres? É um mundo bastante masculino, mas, novamente, se você faz o que gosta, isso não é um problema. Pelo menos conscientemente nunca senti preconceito a ponto de me atrapalhar, eram mais situações engraçadas do que ofensivas. 8) O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? Se você procura algo que te desafie constantemente, essa é a carreira ideal. Há espaço para tudo – se você gosta de “escovar bits”, as grandes desenvolvedoras de tecnologia são o caminho. Se você gosta mais de negócios, transformar um produto/serviço através da tecnologia é muito compensador. Mas, a minha visão de futuro é que não haverá uma área separada de tecnologia como é hoje, ela estará tão embrenhada nos negócios que será impossível distinguir um do outro. Então, por exemplo, a(o) diretor (a) comercial terá que ter a visão digital para desenvolver novos produtos e saber como colocá-los no mercado, mesmo que o produto seja físico. A(o) diretor(a) de RH não poderá ignorar o avanço dos robôs no ambiente de trabalho ou novos modos de contratação. Eu brinco com o conceito de pessoas em nuvem, não mais o modelo CLT, mas sim cada qual comercializando seu dom sob demanda e a “empresa” sendo um grande ambiente virtual que agrega cada talento quando necessário e orquestrando essas interconexões. Quem fará esse papel ? Quem mais tiver afinidade com tecnologia e visão holística é a(o) melhor candidata(o). 9) Algum fato curioso de sua carreira que gostaria de compartilhar? Me formei em 1986 e até hoje me surpreendo com o avanço que temos no mundo graças à tecnologia. Por exemplo, quando comecei a trabalhar não havia email e lembro que uns dois anos depois, quando iniciamos o processo, uma pessoa me disse que não iria usar pois isso era trabalho da secretária dele. Eu mesma, analisando o sistema operacional da IBM (O2) antes da criação do Windows, fiz um relatório dizendo que “o conceito era bem interessante, mas o ser humano não estava pronto para trabalhar em múltiplas janelas com múltiplas tarefas “ rsrsrs… Há 20 anos não tínhamos celular e hoje, de idosos a crianças, é ferramenta absolutamente “normal”. Acho isso incrível e assustador. A inovação sempre esteve presente, mas a tecnologia permitiu um crescimento exponencial da mesma e realmente está revolucionando o modo como vivemos e trabalhamos. 10) O que há e/ou houve em sua
Quer ser independente financeiramente? Entrevista com Karen Vulcano
Quer ser independente financeiramente? Siga carreira em tecnologia! Olá! Recentemente entrei em contato com algumas das entrevistadas no blog pedindo apoio em identificarmos mulheres que quisessem compartilhar suas trajetórias na carreira de tecnologia. Fui agraciada com vários contatos de mulheres com experiências acadêmicas e profissionais extremamente interessantes. A Karen Vulcano, nossa entrevistada de hoje é uma delas. Jovem, trabalha atualmente na área de tecnologia do UOL. A história da Karen concretiza muito a mensagem que temos tentado passar para vocês meninas: com apenas uma formação técnica em processamento de dados e afins, e não necessariamente com um curso superior, vocês já tem acesso a excelentes oportunidades profissionais. A Karen acabou tendo uma formação acadêmica mais completa, concluindo uma pós graduação. Mas sua primeira boa oportunidade profissional chegou quando ela ainda estava no Ensino Médio Técnico. Eu não fiz curso médio técnico, mas logo no início da minha faculdade de Ciência da Computação comecei a trabalhar também! Ou seja: é uma área que tem um retorno financeiro no curto prazo. E isso é tudo de bom para quem quer ser independente! Bem…. vamos ver o que a Karen tem a contar. Qual é sua Formação Acadêmica? Sou graduada em Sistemas de Informação, pela Universidade São Judas Tadeu, e pós-graduada em Gestão em Tecnologia da Informação, pela Fundação Getúlio Vargas. Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Não tive grandes influências. Meu sonho, na verdade, era ser médica-legista. Porém, não fiz muitos planos para alcançá-lo. Quando iniciei o Ensino Médio, quis mudar-me da escola onde eu estudava. Com ajuda de minha mãe, acabei encontrando, quase de última hora, um curso de Ensino Médio Técnico em Processamento de Dados perto da minha casa, e não pensei duas vezes. Ainda não tinha planos em seguir na carreira de tecnologia, mas, como gostava muito de computação, acabei me interessando pelo curso. No último ano, a escola alterou nosso turno para noite, para incentivar-nos a procurar estágio e já começar a trabalhar na área. Logo no início do ano, um amigo da classe, que já trabalhava em uma empresa de Telecomunicações, me indicou quando abriram vagas para estágios. Passei nas entrevistas e dinâmicas e iniciei otrabalhando na área de testes de software. Não sabia absolutamente nada a respeito, mas a empresa estava super disposta a ensinar. E foi amor à primeira vista! Também no último ano do curso técnico, tivemos a matéria de gerenciamento de projetos em TI. Foi quando meus olhinhos brilharam e decidi ficar de vez. Finalizei o curso, emendei direto na faculdade e fui efetivada na empresa em que estava. Ainda na mesma empresa iniciei o curso de pós-graduação, muito recomendado pelo meu chefe que sempre me apoiou e me aconselhou desde o início de minha carreira. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? Eu acredito que seja uma área muito promissora e abrangente. É possível aprender MUITA coisa, passar por muitas áreas dentro das empresas e ainda assim continuar em “tecnologia”. É possível saber um pouco sobre tudo e escolher algo em que se especializar e ser realmente boa no que faz. Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia. Desafio. Na sua visão, qual é o lado negativo ter carreira em tecnologia? Acredito que seja uma carreira ainda vista por muitos como “trabalho de homem”. E precisamos mudar isso urgente! Como é a carreira em tecnologia para mulheres? Não tenho nem palavras para descrever a sensação de desgosto quando escuto comentários e conversas desrespeitosas e não posso retrucar, ou vou acabar criando uma guerra no meu ambiente de trabalho. É bastante triste. Além disso, o tempo todos somos pegas de surpresa com comentários e conversas machistas. E a justificativa de todos é que “se estamos em uma empresa onde a maioria é homem, temos que saber lidar”. O famoso “você que se mude”. Acho isso horrível. Amigas desenvolvedoras que o digam! São as que mais sofrem. E isso é algo que começa desde o início do curso. Posso dizer que cansa bastante e parece um senso comum, pelo menos entre amigas que converso e algumas reportagens que leio na Internet. Acho que é realmente um desafio. Como ainda é vista como “trabalho de homem”, a todo momento somos testadas e temos que provar qualquer vírgula. O tempo todo. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? Hoje os cursos relacionados com tecnologia, e no geral na área de Exatas, são os mais abandonados pelas meninas. Não é fácil, em nenhum sentido. Mas se este é um sonho, temos que nos manter firmes e fortes. Não tem pessoa NO MUNDO que mereça uma desistência nossa. Continuem a nadar! Diria para as meninas não desistirem. Jamais! O que há e/ou houve em sua trajetória que considera especial e que gostaria de compartilhar com as meninas para encantá-las? Embora hoje ainda não utilize na prática todos os conceitos que aprendi, o curso todo em si foi de grande valia, pois me ajudou a enxergar e a entender muitas atitudes com outros olhos. Além disso, me ajuda, mesmo que indiretamente, a argumentar e a ter força de opinião em quase qualquer discussão em que eu me envolva.Por isso, meninas, não parem nunca de estudar. Se temos ainda como melhorar, então vamos! Meu curso de pós-graduação foi bastante especial para mim. E decisivo para concorrer a algumas vagas de trabalho. Mais algum comentário? Vamos continuar maravilhosas e cada vez melhores no que fazemos. Ainda tenho esperança de que seremos respeitadas por nossas escolhas e completamente livres para trabalhar em paz. Continuem, manas! Já que temos que provar tudo o tempo todo, vamos provar que tecnologia NÃO É “coisa de homem”. Isso não existe, em carreira alguma!
Ione Coco é inspiração total de #SerMulherEmTech.
Olá! Hoje terei a honra de compartilhar a trajetória profissional de Ione de Almeida Coco. Ione também faz parte do Grupo CIO Solidário, criado por Regina Pistelli. Ione e Regina são consideradas lendas no mercado de tecnologia brasileiro. Ambas têm um séquito de admiradores. Ione trabalhou por dezenove anos na CPFL Energia, tendo alcançado a posição mais alta na área de tecnologia: CIO(Chief Information Officer – principal executiva de tecnologia da informação). E, não parou ai! Após sua experiência na CPFL, Ione percorreu uma trajetória de sucesso no Gartner, empresa multinacional de consultoria em tecnologia. Há 14 anos, com o apoio do Gartner, Ione e um grupo de executivas organizaram um dos primeiros eventos de mulheres CIO do mercado Brasileiro. Desta semente, surgiu um grupo de executivas de todo o Brasil que existe até hoje. Me encantaram, em especial, alguns aspectos do percurso profissional da Ione: o fato dela ser Física por formação e de ter sido voluntária do CISV . CISV é uma organização internacional que educa por um mundo mais justo e pacífico. Ione contribuiu profundamente com o CISV: além de ser voluntária em Campinas por muitos anos, foi presidente do CISV Brasil. O fato é que minha vida mudou, e muito, desde 2014, quando minha filha se envolveu em atividades do CISV da cidade de São Paulo. Participar do CISV foi um divisor de águas em sua vida: fortaleceu o olhar atento de minha filha sobre questões sociais, aumentou sua rede de amizades e ampliou seu universo. E, por tabela, também mudei. Sem dúvidas o CISV é um agente de mudança da sociedade. E descobrir toda a contribuição de Ione ao CISV, ao longo de muitos anos, me fez admirá-la ainda mais! Bem, vamos então à entrevista com Ione Coco! Aproveitem. Ione, qual é sua Formação Acadêmica? Sou Física com graduação na USP, com mestrado em Reatores Nucleares pela mesma Universidade e pós graduada em Administração pela Fundação Getúlio Vargas. Decidi conscientemente abandonar a Física, mesmo após o mestrado, porque queria ter opções de mercado de trabalho. A opção por tecnologia foi natural já que minha tese de mestrado foi toda baseada em cálculo numérico com uso de computador, coisa rara em 1974. Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Não tive nenhuma influência familiar. Meu pai era administrador e advogado e minha mãe formada em Dietética na primeira turma (Dietética era como se chamava Nutrição anos atrás) mas parou de trabalhar quando se casou. Porém, sempre tive muito apoio familiar para que tomasse as decisões que achasse melhores para mim. O que a fez se interessar pela área de tecnologia? Sempre gostei de exatas e de inovação e quando optei por tecnologia, computador era uma coisa muito nova. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? É a dinâmica da área: não existem dois dias iguais. Cada projeto é uma nova vida. Você precisa se reinventar sempre, inovar e nunca parar de estudar. O mercado, em geral, resiste às crises e os salários são compensadores. Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia. Dinâmica. Na sua visão, qual é o lado negativo ter carreira em tecnologia? Envolvimento e trabalho vinte quatro horas por dia, por sete dias…. É uma carreira muito envolvente e, por isto, é muito difícil nos desligarmos. Isto torna complicado, muitas vezes, equilibrar carreira com a vida pessoal, mas não impossível. Como é a carreira em tecnologia para mulheres? Exatamente igual à dos homens, com a diferença que os homens deveriam assumir um pouquinho mais os filhos. Acho que isto já tem ocorrido nas novas gerações. Mas acho que o mercado de Tecnologia da Informação ainda é machista. A maior diferença, li em um livro, é que homem é promovido pelo seu potencial e mulher pela competência já demonstrada. Não sei se isto é só em tecnologia, mas em TI , sem dúvida, é fato. Mercado machista não pode e não deve nos impedir de seguir adiante com nossos sonhos e objetivos. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? É uma carreira bastante gratificante, cada novo projeto é um novo filho. É uma alegria imensa resolver os problemas de implantação ou suporte a sistemas e sentir que estamos ajudando a empresa e, como consequência, a sociedade a melhorar. A sensação de ser útil profissionalmente não tem preço. É um mercado que resiste às crises e os salários são compensadores. Não tem monotonia. O que há e/ou houve em sua trajetória que considera especial e que gostaria de compartilhar com as meninas pra encantá-las? Minha trajetória chegando a Vice-presidente Latino América de uma multinacional americana, sendo Brasileira e mulher, sempre mostrando trabalho e sendo reconhecida procurando ser feliz e dar o melhor de mim em cada posição. Ao longo de minha carreira cheguei a recusar algumas promoções por achar que não iria gostar da área. Mais algum comentário? Com dedicação e foco chegamos onde queremos, mas sem esquecer que nosso objetivo no dia a dia é ser feliz!
Simplesmente Regina. Entrevista com Regina Pistelli, fundadora do Grupo CIO Solidário.
Olá! Hoje estou na praia, descansando de uma semana intensa de trabalho e curtindo um final de semana longo, devido ao feriado de 1. de Maio. Sinto-me especialmente animada a escrever este artigo pois vocês terão a oportunidade de conhecer um pouquinho da história de Regina Pistelli, atualmente Diretora de Relacionamento e Vendas da T-Systems, já tendo exercido por muitos anos a liderança da área de tecnologia da informação de diversas empresas. Regina é muito especial. É fundadora do grupo CIO Solidário, que realiza ações sociais contando hoje com mais de 1600 participantes. Regina, executiva com um dia-a-dia intenso e mãe de três filhos consegue reservar parte do seu tempo em prol de um bem maior. Admirável! Precisamos de muitas Reginas em nosso país! Confesso que a entrevista de Regina lembrou-me muito minha época de faculdade de Ciência da Computação. Havia já algum tempo que não ouvia termos tão peculiares para quem segue um curso na área de programação de sistemas… boas memórias! Sem mais delongas, vamos à entrevista com Regina Qual é sua Formação Acadêmica? Matemática com MBA em Administração Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Sempre gostei muito de matemática e meus padrinhos sugeriram fazer o curso de Programadora de Software na ADP Systems. Fiz o curso e fui convidada a trabalhar na Prodam – Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo Eu era muito boa de lógica e desenvolvimento de programas em linguagem de máquina (conjunto de instruções que o processador de um computador é capaz de executar). E, apenas um ano depois, eu já era Coordenadora de uma equipe de 15 programadores. O que a fez se interessar pela área de tecnologia? Lógica! Em programação lógica é a base! Para mim programar era muito divertido e fácil. E trabalhar com uma equipe então…maravilhoso. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? Os desafios são uma constante. É uma profissão em evolução permanente, requerendo estudo e atualização constante. A carreira na área possibilita uma visão completa e holística dos negócios. Tudo isso é muito empolgante. Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia. Instigante. Na sua visão, qual é o lado negativo ter carreira em tecnologia? Hummmm … não há. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? É um bom caminho para sua independência financeira e permite ter liberdade ao trabalhar. Um mundo de oportunidades! Dá para ser nerd e cool ao mesmo tempo! Algum fato curioso de sua carreira que gostaria de compartilhar? Tive meu filho caçula Rafael e viajei a trabalho para Portugal por trinta dias, quando ele tinha apenas um mês de vida enquanto meus dois outros filhos tinham respectivamente 6 anos(Andre) e 8 anos(Renata). Todos sobreviveram muito bem e são adultos lindos dos quais me orgulho muito. O que há e/ou houve em sua trajetória que considera especial e que gostaria de compartilhar com as meninas para encantá-las? Essa profissão me possibilitou sempre ser e fazer o que eu quero da vida: isso não tem preço.
Superação significa vitória. Entrevista com Suleir Branco.
Olá! Neste artigo vou compartilhar com vocês a trajetória de mais uma executiva participante do Grupo CIO Solidário, que conta com mais de 1000 membros e que tem como objetivo devolver para a Sociedade tudo o que alcançamos até aqui. Gratidão. Aqui vamos ouvir um pouquinho da história de Suleir Branco, gestora de tecnologia da informação da Trisul S.A, empresa do ramo da engenharia & construção. A Suleir fala sobre superação. Mas o que significa a palavra superação? Superação, de acordo com o dicionário, significa vitória, triunfo Sim, trabalhar em tecnologia da informação é lutar todos os dias e superar-se a cada novo desafio. Não queremos que pensem que a carreira na área é fácil, muito menos simples: o que queremos é que tenham certeza que é uma carreira que, apesar de muitos obstáculos, traz alegrias e tem características muito interessantes para a mulher como flexibilidade de horários, bom retorno financeiro, entre outras. Eu pessoalmente poderia escrever parágrafos e parágrafos sobre vezes em que tive que ultrapassar situações desagradáveis no meu dia-a-dia profissional…. quem sabe não o faça em breve? Mas o mais importante é que, mesmo tendo sido desafiada por tantas situações complexas e difíceis, cá estou com certeza absoluta convidando vocês a considerarem seguirem suas carreiras na área de tecnologia. Por que? Porque há muita coisa boa as esperando! Bem, sem mais entretantos e finalmentes…. as convido agora a conhecer um pouco mais a Suleir. Vamos lá! Qual é sua Formação Acadêmica? Graduei-me em 1999 no curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie e conclui em 2008 MBA na FIAP no curso Gestão de Tecnologia da Informação. Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Inicialmente eu não escolhi esta carreira. Cursei Arquitetura e Urbanismo (humanas) pois sempre tive paixão por desenhar. No entanto ressalto que minha veia na área de exatas sempre foi forte. No término da faculdade comecei a trabalhar em uma construtora na área de suprimentos. Posteriormente participei da implantação do Sistema da Qualidade ISO 9000 e PBQP.H (Programa Brasileiro de Qualidade e produtividade do Habitat).Com esta atividade pude conhecer bem os departamentos da empresa, como se relacionavam e seus processos. Por este motivo fui convidada a participar da implantação de um sistema ERP(sistema de gestão). Gosto de pensar que a carreira que me escolheu. O que a fez se interessar pela área de tecnologia?Como disse anteriormente, foi a área de tecnologia que se interessou primeiramente por mim. Implantar um sistema ERP na empresa (2004), iniciar o processo de seleção do produto, identificar a necessidade de uma infraestrutura que suportasse o projeto e a criação de uma área de TI inexistente foram o meu ingresso na área de Tecnologia, mais um novo desafio aceito. Gradativamente aprimorei meus conhecimentos relativos aos procedimentos e relacionamentos das áreas da empresa. “Descobri” que implantar e gerir projetos me cativava e me motivava. A minha formação inicial em arquitetura colaborou em relação ao aprendizado em trabalhos multidisciplinares e pela linguagem técnica da área “core” da empresa: Incorporação e Construção onde atuava, o que tornou tudo mais fácil. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia?É a amplitude e a diversidade de conhecimento que esta carreira proporciona. Trabalhar em tecnologia possibilita ao profissional transitar em todas as áreas e ter uma visão holística da empresa. Em qualquer linha de negócio, tecnologia é a área meio que possibilita a produção das outras áreas. A área de tecnologia exige, por princípio, constante estudo, atualização, reciclagem e relacionamento. Engana-se quem pensa que trabalhar com tecnologia é uma relação entre você e um computador. Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia. Superação. Como é a carreira em tecnologia para mulheres?Na minha experiência penso ser uma carreira interessante para mulheres, apesar do mercado ainda ter uma ocupação maior de homens. Entendo que as mulheres apresentam características necessárias e suficientes para seguir carreira nesta área e ocupar qualquer posição hierárquica. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia?Eu diria que quem opta por uma carreira em tecnologia deve gostar de desafios constantes: não é uma área para quem quer se acomodar. Também é uma área que abre um leque de opções de trabalho proporcionando planejamento de carreira, crescimento pessoal e planejamento familiar. Algum fato curioso de sua carreira que gostaria de compartilhar?Sim, uma das questões que sempre me incomodou foi o fato de não ter tido a formação na área de tecnologia. Gosto da minha formação em arquitetura, mas fazer uma especialização em tecnologia era fundamental. Imagina minha surpresa!!! Até hoje, nas conversas com fornecedores ou colegas da área, quando comento que me formei em arquitetura tenho que explicar a história da minha trajetória. Não é muito comum, mas tenho encontrado alguns colegas de profissão que iniciaram suas carreiras no “core” da empresa, como eu, e migraram. Tecnologia é mesmo muito eclética!Depois de 7 anos que finalizei o MBA encontrei-me, em um evento, com o coordenador do curso que me perguntou onde eu tinha me formado. Quando disse que me formei em arquitetura o comentário foi: “Poxa, você enganou muito bem! Eu achava que você tinha formação técnica”.Neste curso (MBA) eu era uma das seis mulheres de uma sala de 40 pessoas e creio que era a única que desejava expandir os conhecimentos técnicos da área. A maioria queria desenvolver suas habilidades em gestão. O que há e/ou houve em sua trajetória que considera especial e que gostaria de compartilhar com as meninas para encantá-las?A minha transformação de uma pessoa introvertida em alguém apta a permear espontaneamente toda a organização. Esse desenvolvimento pessoal foi construído através da oportunidade de relacionamento com a maioria dos colaboradores da empresa. Mais algum comentário? Sou grata pela carreira que a área de tecnologia me proporcionou, pois atingi conquistas pessoais e profissionais e ainda me possibilita prospectar novos desafios.
O descobrir a cada dia algo que te surpreende. Este é um dos vários lados bons da carreira em tecnologia. Entrevista com Bianca Diel.
Olá! Em 2015, durante um evento da SAP, empresa na qual trabalho, tive a oportunidade de conhecer Regina Pistelli, executiva da área de tecnologia e líder do Grupo CIO Solidário, com mais de 1000 membros, que tem como objetivo devolver para a Sociedade tudo o que alcançamos até aqui. Gratidão. No início deste ano contatei Regina objetivando engajar membros do grupo em nosso projeto #SerMulherEmTech. Regina prontamente apoiou a idéia e convidou executivas do grupo a compartilharem suas trajetórias. Hoje então começaremos a publicar artigos sobre algumas mulheres deste grupo. Nossa primeira entrevistada é a gaúcha, Bianca Hartleben Diel que com 21 anos saiu da cidade de Pelotas, localizada no sul do Rio grande do Sul e mudou-se para São Paulo, onde cursou a faculdade de Tecnólogo em Processamento de Dados na FAAP. Bianca frequentava a faculdade pela manhã e trabalhava em uma empresa parceira da Microsoft à tarde. Passado um tempo, Bianca teve a oportunidade de trabalhar na Microsoft onde ficou por 8 anos. Durante a sua temporada na Microsoft, Bianca teve contato com grandes empresas e grandes talentos pois atuava no time de consultoria. No time em que atuava, eram 4 mulheres em um time de aproximadamente 40 profissionais. Atualmente Bianca é Gerente de Tecnologia da Informação da Leão Alimentos e Bebidas, Grupo Coca-Cola e engarrafadores. Vamos conhecer um pouco mais a Bianca? Bianca, qual é sua Formação Acadêmica? Tecnólogo em Processamento de Dados – FAAP Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Lembro do meu primeiro encontro com um computador: um modelo TK95. Meu pai não tinha condições de comprar e eu pensei: “ainda vou entender como isto funciona”. Meu pai militar e minha mãe professora nem imaginavam o porquê meus olhos brilhavam, ambos agnósticos aquela “máquina estranha”. 1. O que a fez se interessar pela área de tecnologia? As inúmeras possibilidades que a tecnologia da informação pode contribuir com a evolução e facilidade do cotidiano na vida de pessoas e empresas. A ruptura do complicado para simplificar, a magia de estarmos presentes mesmo distantes e por aí vai. 2. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? O descobrir a cada dia algo que te surpreende. 3. Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia. Inovação. 4. Na sua visão, qual é o lado negativo ter carreira em tecnologia? Ainda não sei. 5. Como é a carreira em tecnologia para mulheres? Em todos os lugares que trabalhei 20% ou menos eram mulheres, então não é fácil, temos que nos provar ainda mais a cada dia. 6. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? Para quem gosta, não desista. Independente do mercado ainda ser na maioria predominante por homens, nós mulheres estamos conquistando nosso espaço e com nossos grupos nos fortalecendo e mostrando que além de tão competentes somos unidas. 7. O que, em sua trajetória profissional, considera especial e que gostaria de compartilhar com as meninas? Lembro do lançamento do Windows 95, que mundialmente aconteceu em 24 de agosto de 1995… foi lá que tudo começou. Na minha faculdade existia um mural para quem quisesse participar da feira de lançamento e cada stand tinha uma revenda Microsoft. Eu me ofereci e fui lá apresentar o Windows 95 em um dos stands. O dono da empresa ficou surpreso com meu desprendimento e energia e me convidou para trabalhar na empresa. Depois de algum tempo, meu trabalho foi reconhecido e fui chamada para trabalhar na Microsoft, o sonho de muitos profissionais. Fiquei na Microsoft durante 8 anos. Durante esta época, conheci pessoalmente Bill Gates e Steve Ballmer. Quem diria que aquela “guria” do interior do RS, que se encantava ao ver um TK95, estaria ao lado de um dos maiores gurus de tecnologia do mundo e trabalhou para ele? Acredite no seu potencial e não desperdice as oportunidades para aumentar seus conhecimentos, pois é nelas que podem surgir grandes conquistas.
Maternidade não é um obstáculo na carreira de Tecnologia. Entrevista com Cristiane Vargas.
Olá! Os dias passam muito rápido durante as festividades de final de ano. É um período do ano que amo pois guardo lembranças lindas desta época de minha infância e adolescência passadas em Porto Alegre. Este último Natal teve um sabor ainda mais especial. Explico. Na primeira semana de Dezembro fui à Porto Alegre visitar minha família. Durante minha estadia, passei em frente à casa de minha vó paterna, que hoje é uma Casa de Repouso de Idosos. Guria plantei um pinheirinho no jardim. Depois de muitos anos, já um pinheiro adulto espetacular, foi cortado o que me entristeceu por muito tempo. Entretanto, ao passar pela casa que tantas memórias me trazem, vi um pinheiro novo plantado no mesmo lugar. Um presente de Deus pra mim! Meu coração ficou em festa! Por isso o Natal de 2016 foi mais que notável. Em Janeiro já de volta ao trabalho, tive uma reunião com algumas executivas que buscavam mais informações sobre o nosso projeto #SerMulherEmTech – vamos encantar e inspirar? Foi nesta reunião que conheci Cristiane Vargas, Líder de Governança da área de Tecnologia da Informação da empresa Serasa Experian. A Serasa Experian está com um projeto muito interessante para fomentação de mulheres em tecnologia da informação. Decidi então convidar a Cristiane para uma entrevista para o meu blog. Um fato encantador sobre a história da Cris é ela ter conhecido seu marido na Faculdade de Ciência da Computação e juntos, formaram sua família com duas filhas. Vamos à entrevista então! Cris, qual é sua Formação Acadêmica? Ciências da Computação pela Unisantos com MBA em Gestão Estratégica de TI pela FGV. Porque escolheu uma carreira na área técnica? Teve influência da família? Quando cursei o ensino médio a grande maioria das meninas optavam pelo curso técnico em Magistério. Porém, ganhei de meus pais meu primeiro grande incentivo por tecnologia, um computador chamado MSX, que despertou muito meu desejo em busca de informação, foi quando optei pelo Curso Técnico em Processamento de Dados e na sequência a faculdade de Ciências da Computação. O que a fez se interessar pela área de tecnologia? O estudo pelo tema Tecnologia, a interação entre computadores e pessoas, e a vasta experiência que eu poderia adquirir nesta área foram os fatores principais pelo meu interesse. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? A tecnologia nos permite um leque de oportunidades já que a evolução está totalmente associada e dependente de TI. Sem contar que a carreira nos proporciona um constante aprendizado em evolução e inovação. Diga uma palavra que define a carreira em tecnologia Transformação. Na sua visão, qual é o lado negativo ter carreira em tecnologia? Não vejo como lado negativo, mas sim um desafio, por ser uma carreira em constante evolução temos uma maior carga de dedicação aos estudos. Como é a carreira em tecnologia para mulheres? Temos grandes desafios, principalmente pela quantidade de homens ser sensivelmente superior se comparada com a representatividade feminina na área de tecnologia. Hoje temos um olhar mundial e várias instituições preocupadas como o tema (ex.: ONU, Unesco, etc.) visto que a carência de meninas nesta formação pode comprometer a diversidade de gêneros, e o olhar do mundo já compreendeu que a diversidade é extremamente importante, e é na soma das diferenças que criamos a unidade. Apesar destas dificuldades, posso concluir que é uma carreira muito promissora para mulheres. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? Comecem já! Revolucionem, vocês são muito capazes e a carreira te proporcionará um conhecimento constante. Algum fato curioso de sua carreira que gostaria de compartilhar? O assunto maternidade é algo que nos preocupa devido ao tempo em que nos afastamos de nosso ambiente profissional gerando preocupações com o retorno. Passei por dois períodos de licença maternidade e em ambos meus retornos foram contemplados com novas experiências e oportunidades. Aquele medo de que perdemos por estarmos longe só me proporcionou ganhos e novas perspectivas de carreira.
Celebrando o Dia Internacinal da Mulher
Esta semana celebra-se o Dia Internacional da Mulher e para comemorar reinicio a publicação de artigos no blog após uma pausa desde Dezembro de 2016. No próximo artigo já estaremos de volta entrevistando uma profissional especial com trajetória estimulante em tecnologia. Também compartilharei um fato muito curioso que aconteceu em Dezembro alegrando meu coração. Hoje, porém, quero falar sobre Mulheres em Tecnologia. Ou melhor, a falta de delas. Recentemente conheci a iniciativa {reprograma}, que dedica-se a “reprogramar” a forma como mulheres se percebem como contribuidoras no setor de tecnologia. Seu objetivo é inspirar, empoderar e educar mulheres, por meio de conhecimentos de computação e ferramentas de capacitação profissional. {reprograma} oferece em sua formação não só noções de programação mas também empreendedorismo e dá a oportunidade de mentoria às mulheres envolvidas no programa. Fico muito impressionada com o número de iniciativas voltadas a fomentar mulheres no setor de tecnologia. Existe uma longa lista e de qualidade de projetos disponíveis. Mas a pergunta que tenho feito é: “será que estamos conseguindo gerar resultados? E será que os resultados obtidos são significativos e fazem a diferença?” Não saberia responder neste momento. O que posso assegurar é que nosso projeto #SerMulherEmTech – vamos encantar e inspirar? estará mais atuante em 2017 após um inicio despretensioso há oito meses. Teremos alguns programas – que ainda serão comunicados – além de continuar a publicar artigos sobre carreiras de mulheres na área de tecnologia. Seguiremos com o objetivo de maravilhar meninas em relação às características da carreira em tecnologia e instigar seu interesse, através de histórias de mulheres que optaram em seguir sua vida profissional em tecnologia e que se sentem muito realizadas com o caminho que escolheram. Queremos ampliar ainda mais a oportunidade de meninas conhecerem mulheres com uma trajetória fantástica que lhe sirvam de inspiração. Relembrando que o tom do projeto não é necessariamente o de igualdade de gêneros na área de tecnologia, e sim um tom de esperança e direção a jovens mulheres. A carreira na área de tecnologia pode ser a chave de realização de muitas aspirações. Inspire-se! Realize seus sonhos! Faça isto agora! E receba meus votos de um Feliz Dia da Mulher!
E o final do ano chegou! Muita tecnologia pra vocês em 2017! Entrevista com Cyntia De Lábio
Estamos há poucos dias do Natal de 2016 e estou aqui escrevendo este post em um Domingo chuvoso em São Paulo com o tempo abafado. Amo esta época do ano pois tenho lembranças maravilhosas do Natal da minha infância na cidade de Porto Alegre. No último final de semana fiz uma rápida viagem à Porto Alegre. E algo maravilhoso aconteceu. Quando criança, plantei um pinheiro no jardim da casa de minha vó. Este pinheiro cresceu e tornou-se uma árvore maravilhosa, que muita alegria me trazia ao vê-la cheia de luzinhas de Natal. Um dia, porém, ao retornar à Porto Alegre, descobri que meu lindo pinheiro havia sido cortado, pois seus galhos estavam prejudicando a casa. Que tristeza senti naquele momento. E todo o ano, desde então, sentia uma tristeza profunda ao ver a casa de minha vó sem meu pinheirinho. Pois bem… neste último final fui surpreendida vendo um pinheirinho plantado no mesmo lugar do meu pinheiro! Que felicidade. Para mim um milagre de Natal! E é com esta alegria que escrevo o último post deste ano. Aproveito para desejar a todas um Feliz Natal e que 2017 seja com saúde e repleto de momentos felizes. Jogo tênis com Cyntia De Lábio há alguns meses. Entre um jogo e outro, em um bate-papo, acabei descobrindo que Cyntia é consultora na área de tecnologia da informação e, por isso, goza de muita flexibilidade de horários e agenda que a permite estar próxima de seus filhos no seu dia-a-dia. Consultoria é a atividade profissional de diagnóstico e formulação de soluções acerca de um assunto ou especialidade. O profissional desta área é chamado de Consultor. “Eu sou uma “Nerd” ou “Geek” que fala de moda, tatuada, mãe dedicada, que curte rock e mergulhadora. Carreira em tecnologia não é apenas números e cálculos em uma sala fechada, é também pessoas e muita vida. Nada te impede: tecnologia te leva para os seus sonhos.” Comentário da Cyntia… legal né?! Querem conhecê-la um pouco mais? Vamos a sua entrevista então. Mas atenção! Mesmo se não compreenderem muito bem o que é “ABAP” ou “Business Intelligence” eu lhes asseguro que conseguirão entender a mensagem da minha colega de tênis! Qual é a sua formação acadêmica? Sou formada em Ciências da Computação pela UNESP (Universidade do Estadual de São Paulo). Fiz pós-graduação em Gestão Estratégica na UCSD (Califórnia-EUA) em 2001. Concluí meu MBA em Gestão de TI pela FIA em 2008. Relate, em poucas palavras, a sua experiência profissional. Ainda na faculdade comecei a fazer estágio em desenvolvimento de software em Visual Basic na TELESP, faz tempo hein?! O que me ajudou muito à encontrar meu primeiro emprego em 1997. Depois de 2 anos entrei para o mundo SAP como programadora ABAP e logo me tornei Coordenadora técnica em projetos e fábrica de desenvolvimento. Logo depois, eu comecei a trabalhar como consultora SAP-BW, o que mostrou minha paixão por inteligência da informação. Desde então trabalhei também como Gerente de Projeto e Gerente de BI (Business Intelligence) em várias industrias. Ainda tem desafios trabalhando na área de tecnologia? Trabalhar em tecnologia faz você precisar se atualizar (estudar) o tempo todo. Ainda é um ambiente onde a maioria dos profissionais são homens e as vezes machista, mas isso tem mudado. Neste cenário, sinto que nós mulheres sempre precisamos estar à frente em conhecimento e comprometimento. Como vê a carreira na área de tecnologia? Eu vejo como uma carreira de possibilidades e de resultados. O seu conhecimento técnico é sua pedra fundamental, mas vários outros ativos precisam ser desenvolvidos como inteligência emocional e relacionamento interpessoal. Na sua visão, qual é o lado positivo de ter carreira em tecnologia? A tecnologia me proporcionou segurança financeira, conhecer muitos negócios e pessoas e ainda morar em outros países. A aptidão por inovação te ajuda em outras áreas o que facilita a sua vida. Como se concilia o papel de mãe e papel de profissional? Com muita paciência e nenhuma culpa. Sua felicidade é baseada em vários alicerces. Pese cada um deles, organize-os, não se culpe e toque em frente. O que diria para meninas em relação a seguir carreira em tecnologia? Eu diria: Se você se interessa por exatas, venha sem medo!! Você vai amar. É uma profissão que proporciona bons desafios, é versátil, dá independência financeira logo no primeiro emprego. Tecnologia faz a gente estar conectada com inovação e com melhorias para a vida. Faz você enxergar além e ver possibilidades de ganho para você e para o bem comum.